sexta-feira, 4 de maio de 2012

Programa informa sobre importância da preservação da fertilidade em pacientes com câncer


Fonte:
Central de Comunicação
Jornalista: Adelaine Cruz



Parceria entre Instituto do Radium de Campinas e CRHC
orienta mulheres em tratamentos oncológicos sobre coleta de óvulos
antes da quimioterapia





Apenas quatro em cada 100 mulheres com câncer em idade fértil se preocuparam com a capacidade de reprodução e procuraram preservá-la, segundo um estudo realizado com 1.941 mulheres nos Estados Unidos. O número baixo, que pode ser estendido também às pacientes brasileiras, reflete a desinformação sobre o assunto nos consultórios médicos. Por isso, o Instituto do Radium de Campinas acaba de implantar um programa de preservação da fertilidade feminina sob tratamentos oncológicos que tem como objetivo principal o esclarecimento sobre a importância da coleta dos óvulos no momento do diagnóstico da doença. O programa é uma parceria entre o Radium e o Centro de Reprodução Humana de Campinas (CRHC).

Segundo o oncologista e diretor técnico do Radium, André Deeke Sasse, a infertilidade é uma das principais sequelas da quimioterapia e pode se tornar um desconforto considerável para a paciente. “Embora as pacientes inférteis após tratamento contra o câncer possam adquirir a maternidade com a adoção ou doação de embriões e ovócitos (óvulo ainda não fecundado), muitas desejam ter filhos biológicos. Consequentemente, a criação de várias opções e técnicas para a preservação da fertilidade por especialistas estão aumentando, assim como as exigências de tais pacientes”, explica Sasse.

Os médicos do Radium estão capacitados para identificar as pacientes com potencial risco de perda de fertilidade e, por meio de discussão multidisciplinar com colegas do CRHC, podem indicar o melhor método de preservação de óvulos. “Estamos todos orientados sobre a importância da exposição às pacientes dos riscos de infertilidade após tratamento antineoplásico – quimioterapia. É importante que elas saibam que é possível preservar a fertilidade”, diz André Deeke Sasse.

No Brasil, uma estimativa para 2012 divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde, aponta que surgirão neste ano 52.680 novos casos de câncer de mama e outros 17.540 de câncer do colo do útero, dois dos tumores mais frequentes nas mulheres.

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