Nos meses de inverno os cuidados com os bebês devem ser redobrados, uma vez que o sistema imunológico deles ainda está em desenvolvimento. Manter o calendário de vacinação atualizado é essencial. É recomendável que as gestantes e as crianças, entre seis meses e cincos anos de idade, tomem a vacina contra a gripe, disponível na rede pública
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Foto: Maternidade - Divulgação ( Ateliê da Notícia) |
Todo inverno o aumento da frequência dos casos de infecções virais respiratórias – que atacam o nariz, a garganta e os pulmões - preocupam os profissionais da área da Saúde. Com os bebês os cuidados devem ser maiores pelo fato de não terem, ainda, as defesas do organismo desenvolvidas. Embora as medidas de prevenção sejam simples, como evitar contato com os bebês e manter a boa higienização da casa e dos cuidadores, o Hospital Maternidade de Campinas alerta sobre esses cuidados, todos os anos, a fim de tentar evitar as internações. Os cuidados, este ano, são ainda mais importantes devido a pandemia da Covid-19”, alerta o presidente do Hospital Maternidade de Campinas, Dr. Carlos Ferraz.
O vírus sincicial respiratório, que geralmente é inofensivo para crianças maiores de dois anos e adultos, pode ser perigoso para recém-nascidos. Por isso, nesta época do ano, principalmente, é importante que os pais de recém-nascidos evitem receber visitas de parentes e amigos. Para quem tem bebês, a quarentena deve ser ainda mais rigorosa”, aconselha o Dr Ferraz. Manter o calendário de vacinação atualizado é essencial. “É recomendável que as grávidas e as crianças entre seis meses e cincos anos de idade tomem a vacina contra a gripe, disponível na rede pública”, orienta a diretora técnica do Hospital Maternidade de Campinas, a pediatra Dra. Thiara Ricci da Silva Fogaça
Resfriado x gripe
Resfriado e gripe são as doenças mais comuns nesta época do ano e que podem afetar as vias respiratórias. Apesar de, muitas vezes, serem confundidas e compartilharem dos sintomas iniciais – nariz entupido e dores no corpo –, trata-se de duas infecções distintas. O resfriado pode ser desencadeado por várias espécies diferentes de vírus e provoca, no máximo, dores leves, tosse, espirros e coriza nasal. Já a gripe é causada por um vírus específico (influenza) e se diferencia principalmente pelos sintomas que aparecem a médio prazo: dores mais intensas do que nos resfriados, náuseas, febre, congestionamento das vias respiratórias e comprometimento do sistema imunológico. É importante estar atento à gripe, uma vez que, ao comprometer o sistema imunológico, ela pode abrir espaço para problemas mais graves, como a pneumonia.
Outra preocupação é com a bronquiolite viral que, embora provoque sintomas semelhantes aos do resfriado ou da gripe, nos bebês ela pode evoluir e provocar inflamação das vias aéreas do pulmão. “Essa inflamação pode ser identificada pelo “chiado” no peito, similar ao de crianças com asma, e pela dificuldade respiratória. Dependendo da gravidade, pode exigir até a internação das crianças em Unidades de Terapia Intensiva”, explica a médica.
Orientações báscias
Uma das orientações mais importantes é que as pessoas com o menor sintoma de gripe, resfriado ou doenças respiratórias evitem o contato com as crianças. Caso não seja possível – se os pais ou irmãos estiverem doentes, por exemplo – recomenda-se o uso de máscaras dentro de casa. É necessário, também, que todos lavem bem as mãos com maior frequência, principalmente ao chegar rua e antes de pegar ou tocar nos bebês. Mesmo as crianças maiores com infecções respiratórias não devem ter contato com outras para evitar uma possível transmissão da doença. Além disso, elas necessitam de repouso e cuidados para a recuperação mais rápida.
É aconselhável que o acompanhamento médico, quando a criança apresentar quaisquer dos sintomas da gripe ou resfriado, seja feito no Centro de Saúde ou em consultórios, evitando-se os prontos-socorros para reduzir o risco do contato das crianças com pessoas que estão ali pelos mais variados problemas de saúde.
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